Viver pelo bem que existe no mundo!

Na verdade nem deveríamos estar aqui, mas estamos. São como nas grandes histórias. As que tinham mesmo importância. Eram repletas de escuridão e perigo. E às vezes, você não queria saber o fim.... Porque como podiam ter um final feliz? Como podia o mundo voltar a ser o que era depois de tudo isso? Mas, no fim, é só uma coisa passageira, que logo se transformará. Um novo dia virá. E quando o sol brilhar, brilhará ainda mais forte. Eram essas as histórias que ficavam nas lembranças, que significavam algo. Mesmo que você fosse pequeno demais para entender o por quê. Mas acho, que entendo, sim. Agora eu sei. As pessoas dessas histórias tinham várias oportunidades de voltar atrás mas não voltavam. Elas seguiam em frente, porque tinham no que se agarrar. - E nós, no que devemos nos agarrar? No bem que existe nesse mundo, pelo qual vale a pena lutar. Senhor dos Anéis.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

O PRIMEIRO ENCONTRO COM O AMOR

Quando é amor, nunca temos certeza. Os indícios 
apontam, os ânimos se exaltam e o corpo responde. Eu te disse que dessa vez seria amor. Talvez você estivesse predestinado, mesmo não acreditando que amor seja ato do destino, mas da energia de quando se quer amar. E dessa vez você queria. Das outras vezes o amor era tanto que nem conseguia ser amor. Em um dos casos, o alicerce do relacionamento era a carência, a vanglória, a dependência psicológica de ambos. Não era amor, não era amar, eram pequenos luxos materiais conciliados com a falta de um sentimento real. A luxuria e a falta não se relacionam com o amor.

Em outro momento, em outra pessoa, encontrou-se o amor na fraqueza emocional. A personalidade desviada, a crise de identidade e a inconstância do ser deram o suporte a esse relacionamento. O amor era pautado em uma mente debilitada, que sugava as emoções de terceiros para enganar as próprias. No final, a matéria ficou em dívida e a alma levou a culpa. O erro de quem julga que ama é culpar o amar. Neste momento, sem muito ver e sem muito especular, só posso dizer que é amor. A carência foi traduzida em companheirismo, o luxo em simplicidade, a falta de identidade em personalidade, a dívida em crédito, a culpa em conformismo, o amor em amar. E se é amor, jamais terei certeza. Mas que se está amando, isso não há como errar.

Bruno Ernica