Viver pelo bem que existe no mundo!

Na verdade nem deveríamos estar aqui, mas estamos. São como nas grandes histórias. As que tinham mesmo importância. Eram repletas de escuridão e perigo. E às vezes, você não queria saber o fim.... Porque como podiam ter um final feliz? Como podia o mundo voltar a ser o que era depois de tudo isso? Mas, no fim, é só uma coisa passageira, que logo se transformará. Um novo dia virá. E quando o sol brilhar, brilhará ainda mais forte. Eram essas as histórias que ficavam nas lembranças, que significavam algo. Mesmo que você fosse pequeno demais para entender o por quê. Mas acho, que entendo, sim. Agora eu sei. As pessoas dessas histórias tinham várias oportunidades de voltar atrás mas não voltavam. Elas seguiam em frente, porque tinham no que se agarrar. - E nós, no que devemos nos agarrar? No bem que existe nesse mundo, pelo qual vale a pena lutar. Senhor dos Anéis.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A MORTE

Então, Almitra falou, dizendo: “Gostaríamos de interrogar-te a respeito da morte."

E ele disse: “Quereis conhecer o segredo da morte. Mas como podereis descobri-lo se não o procurardes no coração da vida? A coruja, cujos olhos, feitos para a noite, são velados ao dia, não pode descortinar o mistério da luz. Se quereis realmente contemplar o espírito da morte, abri amplamente as portas do vosso coração ao corpo da vida. Pois a vida e a morte são uma e a mesma coisa, como o rio e o mar são uma e a mesma coisa. Na profundeza de vossas esperanças e aspirações dorme vosso silencioso conhecimento do além; e como sementes sonhando sob a neve, assim vosso coração sonha com a primavera. Confiai nos sonhos, pois neles se ocultam as portas da eternidade. Vosso temor da morte é semelhante ao temor do camponês quando comparece diante do rei, e este lhe estende a mão em sinal de consideração. Não se regosija o camponês, apesar do seu temor, de receber as insígnias do rei? Contudo, não está ele mais atento ao seu temor do que à distinção recebida? Pois, que é morrer senão expor-se, desnudo, aos ventos e dissolver-se no sol? E que é cessar de respirar senão libertar o hálito de suas marés agitadas, a fim de que se levante e se expanda e procure a Deus livremente? É somente quando beberdes do rio do silêncio que podereis realmente cantar. É somente quando atingirdes o cume da montanha que começareis a subir. É quando a terra reivindicar vossos membros que podereis verdadeiramente dançar.”