você chega e o terrível perigo do Outro se desenha; você é um ponto de interrogação, uma janela aberta para o ar, um copo de veneno, você é meu medo, o mar fica em ressaca, fico à beira do riso e das lagrimas, perto do céu e perto do crime, um relógio de briga começa a contar os segundos da luta, uma multidão de fantasmas de terno e gravata me assiste com o coração sangrando, perco o controle e entramos os dois num barco em alto-mar, à deriva.
Arnaldo Jabor