Viver pelo bem que existe no mundo!

Na verdade nem deveríamos estar aqui, mas estamos. São como nas grandes histórias. As que tinham mesmo importância. Eram repletas de escuridão e perigo. E às vezes, você não queria saber o fim.... Porque como podiam ter um final feliz? Como podia o mundo voltar a ser o que era depois de tudo isso? Mas, no fim, é só uma coisa passageira, que logo se transformará. Um novo dia virá. E quando o sol brilhar, brilhará ainda mais forte. Eram essas as histórias que ficavam nas lembranças, que significavam algo. Mesmo que você fosse pequeno demais para entender o por quê. Mas acho, que entendo, sim. Agora eu sei. As pessoas dessas histórias tinham várias oportunidades de voltar atrás mas não voltavam. Elas seguiam em frente, porque tinham no que se agarrar. - E nós, no que devemos nos agarrar? No bem que existe nesse mundo, pelo qual vale a pena lutar. Senhor dos Anéis.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

O COMER E DO BEBER

Quem dera pudésseis viver do perfume da terra e, como uma planta, nutrir-vos de luz.
Mas, já que deveis matar para comer e roubar do recém-nascido o leite de sua mãe para saciar vossa sede, fazei disso um ato de adoração.
E que vossa mesa seja um altar onde os puros e os inocentes da floresta e da planície são sacrificados àquilo que é ainda mais puro e mais inocente no homem.
Quando matardes um animal, dizei-lhe no vosso coração:
‘Pelo mesmo poder que te imola, eu também serei imolado, e eu também servirei de alimento
para outros; pois a lei que te entregou às minhas mãos me entregará a mãos mais poderosas.
Teu sangue e meu sangue nada são senão a seiva que nutre a árove do céu.’
E quando morderdes uma maçã, dizei-lhe no vosso coração:
‘Tuas sementes viveerão no meu corpo, e os brotos de teus amanhãs florescerão no meu
coração, e teu perfume será meu hálito, e, juntos, regozijar-nos-emos em todas as estações.’
E no outono, quando colherdes a uva de vossos vinhedos para o lagar, dizei-lhe no vosso
coração:
‘Eu também sou um vinhedo, e minha fruta será recolhida para o lagar, e, como um vinho
novo, serei guardado em vasos eternos.’
E no inverno, quando beberdes o vinho, que haja no vosso coração uma canção para cada
taça, e que haja na canção um pensamento para os dias do outono, para o vinhedo e para o lagar.


O Profeta. Gibran Khalil Gibran